Jornal Nova Geração

NEVASCA NO CHILE

Turistas do Vale chegam a Santiago

Previsão de novas tempestades, contudo, gera incertezas sobre a data de retorno ao Brasil

Crédito: Divulgação

Os 34 turistas do Vale do Taquari retidos no Chile por conta da nevasca na região da Cordilheira do Andes chegaram por volta das 18h desta terça-feira,12, em Santiago. A primeira etapa do transporte foi em caminhões militares até a base de Los Andes. O restante do percurso até Santiago ocorreu em ônibus de turismo. Diante da previsão de novas tempestades nos próximos dias, o retorno ao Brasil ainda não tem data definida.

A remoção dos brasileiros ocorre diante das dificuldades de manter a alimentação e a assistência aos estrangeiros no posto de controle migratório. Ainda na noite anterior, alguns dos viajantes conseguiram tomar banho no alojamento de funcionários da alfândega.

“A entrega de alimentos era priorizada aos profissionais da aduana, são pelo menos 200. Mesmo assim conseguimos fazer as refeições diárias”, conta Gerson Henrich da Silva. Ele viaja com a esposa e a filha de seis anos.

As condições do tempo também mudaram ontem e permitiram a abertura de alguns trechos de estrada. “Agora estamos todos bem. Vamos permanecer no hotel até novas orientações. A tendência é que possamos seguir viagem de volta somente na próxima semana”, detalha Silva.

A dificuldade de utilizar as rodovias também ocorre por conta da fila de caminhões empenhados em meio à neve. Do lado da Argentina são pelo menos dez pontos de bloqueios e somente se parar de nevar é que será possível retomar o fluxo.

Viagens internacionais

A professora universitária e doutora em Estudos Estratégicos Internacionais, Viviane Bischoff, alerta para esse tipo de viagem e os riscos pelas condições do tempo. Segundo ela, é de conhecimento comum as nevascas esta época do ano na região da Cordilheira dos Andes e não há como prever se o passeio será bem-sucedido.

De qualquer forma, o turista precisa estar em dia com sua documentação para, nestas situações, atender a legislação do país de destino e evitar outros transtornos. Viviane também recomenda estar preparado para imprevistos em caso de ficar longe de casa além do período programado.

“Essa foi uma situação muito comum durante o pior momento da pandemia. Quando se ia para algum país ficava a dúvida se a fronteira permaneceria aberta ou se as restrições seriam ampliadas”, destaca a especialista em relações internacionais.

No caso de qualquer situação adversa de brasileiros em outros países, a referência é a embaixada. Os turistas do Vale já acionaram o Itamaraty e o governo monitora a situação. “As intervenções neste caso são de ordem diplomática e podem ocorrer para assegurar melhores acomodações”, enfatiza Viviane.

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