A cidade de Estrela é um terreno fértil para novos investimentos. É essa a mensagem passada pelo governo municipal para os empresários locais, e também aos empreendedores de todo o Brasil e até de outros países. A impressão, e não é a primeira vez que eu escrevo sobre isso, é de que a sociedade estrelense está retomando a confiança e percebendo melhor as inúmeras possibilidades de crescimento da cidade. É um terreno fértil, reforço, e isso ficou ainda mais claro após café empresarial da Cacis, na terça-feira passada, momento em que a administração pública apresentou os projetos e ambições para o desenvolvimento e repaginação de espaços e prédios do município, provocando a criação de novos e inovadores negócios.

O setor de comunicação do governo preparou um belo material publicitário para apresentar a cidade do futuro. Além de reforçar as oportunidades para instalação de novos negócios às margens das rodovias e também no complexo portuário, o material provocou a curiosidade ao apresentar os conceituados projetos para o Parque da Lagoa, o complexo da Polar, à escadaria, à ciclovia, e para a histórica Cascata Santa Rita. As ideias serão apresentados a grandes investidores do setor gastronômico, cultural e de lazer do país. É um material de encher os olhos e segue os passos de grandes cidades, que apostam na vitalidade urbana como forma de gerar novos negócios, novas rendas, vagas de emprego e, claro, qualidade de vida à população.

Foi um passo muito importante e promissor do governo de Estrela. Agora é tirar do papel.

Mudanças no governo

O governo de Elmar Schneider passou por diversas mudanças após o fim das férias do gestor. Nesta semana, o prefeito de Estrela confirmou Felipe Diehl e Renata Cherini para as Secretarias da Fazenda e de Desenvolvimento Social e Habitação, respectivamente. Ambos são filiados ao Partido Liberal (PL). Diehl é jornalista, graduado em Gestão Pública, pós-graduado em Meio Ambiente e graduando em Ciências Contábeis. E atuou nos últimos anos como assessor parlamentar do ex-deputado federal, Onyx Lorenzoni. Renata era diretora administrativa e financeira da Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log), e é pedagoga e técnica em Administração. O chefe do Executivo estrelense também alterou peças de direção. Saíram as diretoras de Licitações, Joceane Lenhart, e a de Governo, Andressa Träesel. E os substitutos ainda não foram definidos.

Disputa pelos royalties

O governo de Bom Retiro do Sul – e não apenas o atual – já brigou e muito pelo melhor aproveitamento de toda a estrutura da barragem do Rio Taquari. Inclusive, tem muito protagonismo na conquista do espaço para a instalação da nova – e milionária – hidrelétrica da Cooperativa Certel. Ocorre que, e isso não é segredo para ninguém, a usina para toda a produção de energia será instalada do outro lado do rio, na cidade de Cruzeiro do Sul. Com isso, os impostos gerados pelo novo empreendimento serão encaminhados apenas aos cofres daquela administração municipal. Por óbvio, há um sentimento de injustiça pairando sobre os bom-retirenses. E uma eventual divisão dos royalties depende única e exclusivamente da boa vontade dos cruzeirenses. Aguardemos.

Tensão na Languiru

As notícias sobre a nossa estimada Languiru já foram melhores. Nos últimos dias, as pautas sobre a uma das maiores cooperativas do Rio Grande do Sul geram muito temor entre os associados, e sobre toda a comunidade regional. Além do apelo emocional, afinal se trata de uma empresa histórica para o Vale do Taquari, há muita preocupação com os possíveis impactos econômicos e sociais que podem ser gerados com o crescimento exponencial das dívidas. Hoje, se fala em mais de R$ 1 bilhão em dívidas com diversos fornecedores e bancos credores. É um cenário difícil. E de acordo com muitos analistas e consultores, o melhor caminho para reiniciar a recuperação é a transparência e a oxigenação em cargos estratégicos.

CURTAS DA SEMANA

• Prefeito de Imigrante, Germano Stefens ficou incomodado com as críticas apresentadas pelos ciclistas com relação à obra da ciclovia intermunicipal. Ele chamou a imprensa para conhecer mais de perto o projeto, e para dividir as dificuldades e complexidades deste importante movimento. E o sentimento que fica é: apesar dos pesares, a segurança vai melhorar para todos na ERS-129.
• Elmar Schneider quer retomar o protagonismo da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). Na assembleia geral realizada nessa semana, ele oficializou a intenção de incluir a entidade na Comissão Tripartite que avaliará a concessão da BR-386, e as possíveis alterações e incrementos do contrato. Um passo importante para uma região diretamente impactada pela obra.
• Com o ingresso oficial do PL no governo de Elmar Schneider, o Executivo de Estrela garante mais uma vitória no curioso tabuleiro político da cidade. Ao longo dos primeiros dois anos de mandato, o gestor aproximou antigos opositores e adversários políticos com um mesmo – e simples – antídoto: cargos públicos e/ou secretarias. Um modelo semelhante ao do antecessor, Rafael Mallmann.
• Ainda em Estrela, a licitação para os “serviços de demolição e construção da ponte sobre o Arroio Boa Vista, localizada na Estrada General Osório, entre o Bairro Boa União e Linha São José” ocorre no dia 29 de março, às 9h.
• Na última sessão legislativa de Fazenda Vilanova, os vereadores não votaram projetos. As três propostas do Executivo seguem em análise nas comissões. Em plenário, apenas a aprovação de uma indicação da vereadora Ângela Bilhar (PP), que pediu um quebra-molas na Av. Rio Grande do Sul.
• O governo de Fazenda Vilanova iniciou o projeto Jovem Empreendedor. Em um primeiro momento, 31 estudantes receberão aulas quinzenais durante 10 meses, com início nesta segunda-feira. O principal objetivo é incentivar o futuro empresarial dos participantes.
• Em entrevista ao programa Frente e Verso, na terça-feira passada, o presidente da câmara de vereadores de Colinas, Rodrigo Horn (MDB), afirmou que os projetos do Executivo carecem de explicação. “Infelizmente o prefeito Sandro Hermann (PP) é inflexível com a câmara. Mas não é só ele.” Conforme o legislador, a falta de diálogo ocorre com outros setores da administração. E o Executivo, claro, rechaça a reclamação. E vida que segue.