Jornal Nova Geração

ESTRELA

Vândalos depredam e furtam peças de metal em cemitérios do interior

Comunidades Evangélica e Católica de Novo Paraíso registram maior número de ocorrências

Letras, imagens de santos e até alças das tampas das sepulturas são alvos recorentes de furtos nos cemitérios do interior. A ocorrência mais recente foi o cemitério Evangélico de Novo Paraíso. Das cerca de 130 sepulturas do local, falta algum item metálico em pelo menos 100.

O presidente da Comunidade Evangélica de Novo Paraíso, Ernani Von Mühlen, diz não saber como impedir os criminosos. “Eles não poupam nem os túmulos mais próximos da estrada. As letras são difíceis de serem arrancadas, e mesmo assim há sepulturas que não têm mais nada de metal”, desabafa.

Von Mühlen não descarta a possibilidade da instalação de câmeras de segurança. “É uma maneira de flagrar quem comete esse crime. Por que uma pessoa vem roubar isso?”, questiona. O cemitério Católico da localidade também foi atacada pelos criminosos.

Marcelo José Sulzbach, coordenador da comunidade São Vito, relatou que peças de metal foram levadas. Fizemos um boletim de ocorrência via internet, estamos estudando a possibilidade de instalar as câmeras”, disse.

O zelador da Comunidade Católica, Oto Skrzipkcak, relata que, em um ano, foram três episódios de furto. “Em uma ocasião, levaram os crucifixos e, na quinta-feira, dia 10, levaram as letras e molduras das fotos”, conta.
O crime teria ocorrido por volta das 21h, pois o irmão do zelador percebeu movimentação dentro do cemitério.

“Eles viram que tinha gente e saíram correndo. O carro é um Kadett bordô, que volta e meia está circulando por aqui. Suspeitamos que seja gente de fora de Estrela”, revela.

Receptação como obstáculo

O delegado da Polícia Civil de Estrela, Humberto Roehrig, recomenda que, se possível, o cemitério tenha limitação de horário e monitoramento por câmeras. “Essas são medidas preventivas, que já limitam a ação dos criminosos”, explica. Outra medida que pode ajudar a inibir esse tipo de delito é a identificação de automóveis que não costumam circular pela redondeza.

A confecção do boletim de ocorrência, segundo Roehrig, é fundamental. O documento ajuda a quantificar os crimes, assim como traz um direcionamento à polícia.
“Sabemos que acabar com este tipo de furto é difícil, principalmente enquanto houver pessoas receptando o material. Quem comprar um crucifixo de metal, por exemplo, saberá que ele é produto de furto”, conclui.

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