Jornal Nova Geração

ESTRELA

Vigilância intensifica ações contra dengue

Município apresenta alto índice de infestação do mosquito transmissor e mais de 140 casos confirmados. Bairros com mais registros da doença são Cristo Rei e Moinhos

Agentes circulam pelos bairros e orientam moradores sobre os cuidados. (Foto: arquivo NG)

Com mais de 140 casos confirmados de dengue, Estrela é o município do Vale do Taquari com mais registros da doença. Diminuir o índice de infestação do mosquito transmissor e conscientizar a comunidade se tornou um desafio ao setor de vigilância epidemiológica. O índice de infestação na cidade mais que dobrou em relação ao ano anterior.

Análises feitas pelo setor de Vigilância Epidemiológica indicam que 80% do focos de mosquitos estão nas residências. O resultado do Levantamento Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) revela índice de 16,3 – ideal seria menos de 1. Outro método utilizado para avaliar a presença do inseto é chamado de “Armadilhas de Ovitrampas”, espalhadas pelos bairros. A contagem mostrou que 97% das armadilhas apresentavam ovos.

As ações são intensificadas com mutirões feitos nos bairros, com recolhimentos de entulhos, e presença constante das equipes de endemias para orientações à população. No entanto, a coordenadora do setor de vigilância, Carmen Hentschke destaca a necessidade de cada pessoas manter os hábitos de limpeza nas casas .

“Estamos com uma preocupação muito grande. Todos os bairros da cidade têm a presença do inseto. Grande parte dos focos estão nas residências. Não é uma característica só de Estrela, mas do país todo. A população precisa criar o hábito de evitar criadouros do inseto”, alerta. Alguns pontos da cidade também recebem aplicação de inseticida.

Os bairros com mais número de casos são Cristo Rei, Moinhos e Imigrantes. O trabalho dos agentes de endemias são direcionados conforme o registro da doença nos bairros e índice de infestação. Na avaliação da coordenadora, um dos maiores desafios é conscientizar a comunidade sobre a limpeza necessária e os riscos da dengue.

“O Aedes precisa de água e borda para colocar os ovos. Recebemos reclamações sobre açudes e córregos. Esses lugares não apresentam condições para desenvolvimento do mosquito. A dificuldade está em fazer com que as pessoas entendam que é necessário limpar os potes e plantas de forma semanal. Manter os cuidados com piscina ou qualquer item que possa armazenar água também é fundamental”, explica Carmen.

Decreto de emergência

Com mais de 20 mil casos e 20 óbitos, o governo estadual decretou situação de emergência em saúde pública no Rio Grande do Sul. A medida, de acordo com o decreto nº 57.498, visa a prevenção, controle e atenção à saúde diante do risco epidemiológico à população pela epidemia de doença, atualmente presente em 94% dos municípios gaúchos.

Com a declaração de estado de emergência, o governo estadual poderá destinar recursos para combater a dengue com mais agilidade, sem os trâmite demorados e burocráticos de uma licitação, por exemplo. O decreto permite um processo ágil e célere na compra de insumos, como medicamentos e vacinas, entre outros, facilitando o enfrentamento da dengue. Também facilita que o governo federal destine ao Estado recursos específicos para ações de combate à dengue.

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